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quinta-feira, 10 de março de 2016

Campos eletromagnéticos


campo eletromagnético é um fenômeno que envolve o campo elétrico e o campo magnético variando no tempo. As ondas eletromagnéticas são uma consequência da formação do campo eletromagnético, e se propagam através do vácuo com a velocidade da luz. Elas são portadoras de energia, e quando se propagam no espaço, podem transferir energia para corpos que se encontram em sua trajetória. Estas ondas são geradas por cargas elétricas que oscilam, ou seja, quando temos campos elétrico e magnético oscilante e perpendiculares entre si e à direção da propagação da onda, sendo consideradas ondas transversais. Nos últimos anos tem havido crescente preocupação sobre a possibilidade de ocorrência de efeitos adversos à saúde humana por exposição a campos eletromagnéticos de radiofreqüência, como os emitidos por aparelhos de comunicação sem fio. Atualmente, o número estimado de assinaturas de telefones celulares em todo o mundo é de 5 bilhões. Um Grupo de pesquisadores da OMS/IARC (Organização Mundial da Saúde/Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer) de 14 países se reuniu em Lyon (França) para avaliar o perigo cancerígeno potencial da exposição a campos eletromagnéticos de radiofreqüência. O Grupo discutiu a possibilidade de que essa exposição possa induzir efeitos à saúde a longo prazo, em particular o aumento do risco de câncer. Isto tem relevância para a saúde pública, principalmente para usuários de celulares, em razão do grande número de usuários e seu aumento a cada ano, especialmente entre jovens e crianças.
O Grupo avaliou centenas de artigos científicos, incluindo dados de exposição, estudos de câncer no ser humano, estudos em animais de experimentação, dados mecanísticos e outros, e revisou criticamente a evidência de carcinogenicidade. Foram discutidos e avaliados os artigos
Segundo as categorias:
Exposição ocupacional a radares e microondas,
Exposição ambiental associada à transmissão de sinais de rádio, televisão e
comunicação sem fio
Exposição individual associada com o uso de telefones sem fio .
Após avaliar criticamente os estudos, concluíram que existe evidência limitada
1. Decarcinogenicidade para glioma e neurinoma (tumor no nervo auditivo - “acoustic neuroma”)entre usuários de telefones sem fio, e evidência inadequada.
2.  Para concluir sobre outros tipos de câncer. As evidências para exposição ambiental e ocupacional foram consideradas inadequadas. O Grupo não quantificou o risco, no entanto, um estudo sobre uso de celular(até 2004), mostrou um aumento de 40% no risco para glioma, um tipo maligno de câncer
cerebral, na categoria de usuários considerados “pesados” (média de 30 minutos por dia durante 10 anos). Assim, com base na avaliação, a OMS e a IARC classificaram os campos eletromagnéticos de radiofreqüência como possíveis cancerígenos humanos (Grupo 2B), baseado no aumento de glioma associado com o uso de telefone sem fio. Segundo o Dr Jonathan Samet, coordenador do Grupo, “as evidências, ainda que continuem se acumulando, são fortes o suficiente para suportar a conclusão e a decidir pela classificação 2B.
Isto significa que pode haver algum risco e, portanto, a relação entre risco para câncer e celulares será acompanhada de perto. Para o diretor da IARC, Christopher Wild, em razão das possíveis conseqüências para a saúde humana desta classificação é importante que sejam conduzidas novas pesquisas sobre o uso “pesado” de celulares. Enquanto se aguardam tais informações, é importante tomar medidas pragmáticas para reduzir a exposição, como uso preferencial de mensagens de texto e fones de ouvido ou viva-voz. Esta avaliação será publicada na série IARC Monographs, que identifica fatores ambientais que podem aumentar o risco de câncer humano, incluindo substâncias químicas, misturas, exposição ocupacional, agentes físicos, químicos e biológicos, e fatores do estilo de vida.
Mais de 900 agentes foram avaliados desde 1971, dos quais cerca de 400 foram identificados como
cancerígeno ou potencialmente cancerígeno para o ser humano. Um artigo resumido, com as conclusões do Grupo da IARC e a avaliação do perigo cancerígeno para campos eletromagnéticos de radiofreqüência (incluindo o uso de celulares) foi publicado na revista The Lancet Oncology em julho de 2011.
1. Evidência limitada de carcinogenicidade: foi observada uma associação positiva entre exposição ao agente e câncer para a qual a interpretação causal é considerada pelo Grupo como provável , mas não se pode descartar erros ou fatores de confusão.
2. Evidência inadequada de carcinogenicidade: os estudos disponíveis são de qualidade questionável ou têm consistência estatística insuficientes para permitir uma conclusão quanto a associação causal entre a exposição e câncer, ou não há dado disponível de câncer no ser humano.
Estamos reféns da tecnologia e aparelhos, já não podemos viver sem isso e a comodidade que tudo isso nos trás.

Mas a medida que as coisas avançam seja no campo de tecnologia, eletrodomésticos, eletroeletrônicos, telefonia e etc, estamos sujeitos e cada vez mais expostos e não imunes a doenças causadas por campos eletromagnéticos.

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